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setembro 01, 2011

Brasil O País Do Futebol!

Eu amo os estádios de futebol,
Quando estes não estão acima do valor da vida humana.
No Brasil a Copa do Mundo é mais importante que a saúde de todo mundo.
No Brasil a saúde tá doente! Hospitais sucateados, superlotados e o povo parindo e morrendo nas ruas.
Há algo em comum entre templos, hospitais e estádios de futebol no nosso país: estão todos cheios de gente morrendo e sendo lesada.
Os estádios foram feitos para espetáculos breves,
A vida é um estádio onde o espetáculo é duradouro.
Porém os corruptos não estão nem ai para isso.
Mas se o povo não está nem ai,
Afinal estamos no país do futebol.
O brasileiro assiste a vida, as nefastas ações dos políticos e dos partidos como quem assiste a uma partida de futebol: grita, geme, sofre, mas não decide nada.
Dizem que no Brasil há três coisas que não se discute: religião, política e futebol.
Essas são hoje as nossas mais sutis desgraças.
Não discutimos. Por essa razão não promovemos mudanças.
Tudo que é tabu é no mínimo sagrado ou não precisa de retoques.
Às vezes penso que nós brasileiros ou somos ignorante, ou somos estúpidos, masoquistas ou corruptos no DNA.
Quanta calma ante a sua própria desgraça!
Há sete coisas que entorpecem a nossa gente: festas, cachaça, drogas, sexo, corrupção, dinheiro e superstição.
A vida vai sendo sucateada e ninguém faz nada. Entra corrupto, sai corrupto e ciclo vicioso não se farta.
O pobre padece e nada muda. Os discursos mudam, os políticos mudam, os tempos mudam, mas os pobres continuam pobres.
O Brasil se orgulha de seu desenvolvimento, mas esquece das ruínas do seu povo: analfabetos, desdentados, doentes, famintos, desempregados, desabrigados e crédulos.
Os políticos roubam o povo, os religiosos roubam o povo, os cartolas do futebol roubam o povo, por isso o povo não pode discutir estas três coisas, porque estas instituições roubam e não querem ser questionadas.
A Copa do Mundo está a caminho. O povo que se vire com a fantasia desse tripé maligno. Política, religião e futebol são um mal necessário. O povo é que parece não ser necessário.

Texto de Robério de Jesus

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